sexta-feira, 31 de julho de 2009

2-Constantinopla I

2
PRIMEIRO CONCÍLIO DE
CONSTANTINOPLA
(II Ecumênico)


Reunido na cidade de Constantinopla em 381; convocado pelo imperador Teodósio. Confirmou e formulou o chamado credo de Nicéia. Condenou a posição do Apolinário quem negava a perfeita humanidade de Cristo. Também condenou o macedonismo, que negava a deidade do Espírito Santo.


Panorama pré-conciliar

Apesar de que em Nicéia 300 bispos tinham assinado condenando a heresia ariana, esta controvérsia seguiu comovendo à cristandade por mais do meio século, pois muitos bispos orientais tinham assinado com reservas, e suas respectivas Igrejas seguiram ensinando a cristologia com certa inclinação semi-ariana. Os sucessivos imperadores foram tomando as questões da Igreja como problemas do Estado, de modo que sua intervenção podia ter reflexos de garantia para a aparente e fantasiosa unidade. Mas no fundo conduzia problemas e afastava à Igreja da simplicidade que emana da Palavra de Deus. Por muito confessional que possa parecer o Estado, não se ajusta aos parâmetros bíblicos da Igreja, de modo que as intervenções do Estado são baseadas muitas vezes em motivações diferentes aos interesses do Senhor da Igreja; e assim vemos que o próprio Constantino que convocou o Concílio da Nicéia para dirimir e condenar o problema ariano, e
decretou o exílio de Ário e dois de seus seguidores, é o próprio vacilante Constantino que depois protegia tanto aos arianos como aos seguidores da ortodoxia Nicéia, pois dois anos depois do primeiro concílio ecumênico, Ário se reconciliou com o imperador, em parte devido a que se apresentou com a astúcia de uma confissão de fé ambígua guardando-se de fazer referencia aos pontos controvertidos, e em parte aos bons ofícios de Eusébio de Nicomédia e os discípulos da escola de Luciano de Antioquia, que lograram formar uma coligação anti-nicéia, arremetendo de passo contra Atanásio e demais dirigentes Nicenos, dez dos quais foram levados ao exílio, assim como a Eustáquio, o ancião bispo de Antioquia, acérrimo opositor do arianismo, que foi desterrado no ano 330, junto com um bom número de seus presbíteros.
Atanásio, o porta-bandeira da causa nicéia, sucedeu a Alexandre de Alexandria no cargo de bispo, quando este faleceu na primavera do ano 328, três anos depois do Concílio da Nicéia; e já em suas funções episcopais seguiu sofrendo as arremetidas dos arianos. Por exemplo, no ano 335, Atanásio fez ato de presença em um sínodo de 150 bispos reunidos em Tiro, mas a maioria estava dirigida por Eusébio de Nicomédia. Em suas acaloradas sessões, não achando seus inimigos acusações de heresia contra Atanásio, acusaram-no de "tirania episcopal".

Mas aquele sínodo, considerado escandaloso, cheio de farsa e iniqüidade, chegou ao cúmulo quando designou uma comissão, logicamente composta por arianos, para que investigasse em Alexandria, sede do episcopado do Atanásio; em vista do qual, Atanásio e seus amigos abandonaram aquele sínodo. Depois Eusébio de Nicomédia acusou a Atanásio ante o imperador como culpado do atraso que tinham vindo sofrendo os abastecimentos de trigo do Egito a Constantinopla; e sem fórmula de julgamento, Atanásio foi banido ao Tréveris, de onde mais tarde retornou a reassumir suas funções de bispo de Alexandria.Depois da morte de Constantino, acontecida em 22 de Maio de 337, Constancio, filho e sucessor de Constantino, depôs e desterrou de novo a Atanásio em 339, e em seu lugar fez que um concílio elegesse como bispo de Alexandria ao Ariano Gregório de Capadócia. Depois do de Tiro, se sucedem uma série de sínodos, uns com supremacia de bispos ocidentais zelosos da ortodoxia Nicena, e outros com supremacia de bispos orientais pró-arianos ou semi-arianos; e é assim como em Roma, Antioquia e Sárdica continuaram essas discussões e acusações contra Atanásio de Alexandria e seus amigos, acusando-o de fantásticas imoralidades e crimes. O imperador Constâncio arremetia sua perseguição contra Atanásio, e sem razões pedia aos bispos do ocidente que o condenaram. Os novos sínodos reunidos em Arles e Milão, só serviram para mandar ao exílio a todos os bispos que não se submeteram, como Paulino de Tréveris, Dionísio de Milão e HilÁrio de Poitiers, quem foi deportado a Ásia na primavera de 356. A mesma sorte sofreu Libério, o bispo de Roma, por haver-se oposto a condenar Atanásio sem havê-lo escutado. Atanásio mesmo teve que escapar ao deserto egípcio na noite de 8 de fevereiro de 356, com ocasião em que uma tropa imperial de cinco mil homens rodeou o templo de Theonas e a congregação caiu como em uma ratoeira; mas do deserto, com seus escritos, testemunho e influência nos fiéis, Atanásio seguia perseguindo as arbitrariedades e injustiças de um imperador cego à realidade.

É extremamente importante registrar nestas notas à margem que Libério (352-366), o bispo de Roma exilado pelo imperador Constâncio, e a quem o catolicismo romano tem na lista de papas desse sistema, apostatou da bíblica verdade cristológica que confessava Atanásio e que foi defendida por 300 bispos em Nicéia, desmentindo as pretensões do posterior concílio Vaticano I, de que o bispo de Roma, como suposto sucessor de São Pedro, não pode equivocar-se em questões de fé, e é considerado isento de todo engano. Deram-lhe duro os rigores do exílio, tendo saudades as comodidades de sua sede episcopal romana, e dando seu consentimento a uma fórmula de fé semi-ariana, o imperador o reintegrou a seu cargo. Deste deplorável feito dão evidências mais de dois testemunhos, como o de Atanásio em seus escritos Apologia contra os arianos e a História dos arianos; Jerônimo relata duas vezes esta apostasia; Hilário de Poitiers em sua obra Contra Constantium Imperatorem; Hermias Sozomeno em sua história eclesiástica, e por último as cartas do próprio Libério. A Constâncio, lhe sucedeu no trono Juliano o apóstata (361-363), um dos dois sobrinhos que puderam escapar de serem assassinados por ordem dos filhos de Constantino. Juliano quis reviver no império o cadáver do paganismo, mas sem êxito. Durante seu governo, em 362, reuniu-se em Alexandria um concílio com setenta e um bispos. Como a política de Juliano tampouco foi favorável para os arianos, nesse concílio retornaram à fé da Nicéia muitos dos arianos, quem foi admitidos sem outra condição que sua confissão de dita fé.
Juliano mandou ao exílio uma vez mais a Atanásio, «o detestável Atanásio», como chamava ele, quando soube que um considerável número de damas pagãs tinham recebido o batismo. Mas Atanásio, posteriormente, durante o governo do imperador Valente (364-378) sofreu seu quinto e último desterro, morrendo no ano 373, depois de passar seus últimos sete anos dedicados a seu trabalho em sua sede episcopal
O imperador Graciano (367-383), um dos filhos e sucessores do cristão Valentiniano, renunciou ao título pagão do Pontifex Máximus, que mais tarde tomaria para si o bispo de Roma. Graciano nomeou ao general espanhol Teodósio imperador do Oriente (379-395), quem acabou com a liberdade de todos os cultos decretada por Constantino em Milão, e converteu o Cristianismo de acordo à fé nicena, em religião oficial do estado romano. Com Teodosio toma força um ponto eclesiológico controversial de difícil diferenciação: a Igreja-instituição e a Igreja do Espírito.

O Concílio
Teodósio, a fim de dar término definitivo às disputas teológicas que tinham vindo dividindo a cristandade e a unidade do império, decidiu convocar um concílio em Constantinopla, cidade convertida já na capital do Império, considerada a "Nova Roma". Este concílio, o Segundo Ecumênico, é o primeiro de Constantinopla, e foi inaugurado em maio do 381, sob a presidência do Melécio, bispo da Antioquía, e com a assistência de uns cento e cinqüenta bispos, todos da ala oriental da cristandade, entre os quais podemos nomear ao Gregório da Nissa, Heladio da Cesaréia, Timóteo da Alexandria, Cirilo de Jerusalém e Gregório Nazianzeno, bispo de Constantinopla. Não teve delegados do ocidente, nem sequer de Dâmaso, bispo de Roma.
Melécio, bispo da Antioquía, ocupou a presidência do concílio por pouco tempo, pois faleceu pouco depois de inaugurada a assembléia. Mas o curioso é que Melécio disputou a sede episcopal com Paulino; e não obstante que Dâmaso, o bispo de Roma, estava a favor de Paulino, os bispos orientais deram seu apoio a Melécio; onde se prova que nessa época, ano 375, os bispos da cristandade ainda não consideravam primazia alguma no bispo de Roma, pois ainda não tinha se produzido a doutrina do Concílio Vaticano I a respeito. E o mais curioso é que com a morte do Melécio, os bispos não se preocuparam com reconhecer a Paulino para lhe suceder, e assim procurar uma aproximação com Dâmaso, mas sim escolheram a Flávio. Dâmaso nem sequer foi convidado ao concílio.
Com a morte de Melécio, na presidência do concílio sucedeu Gregório Nazianzeno, quem no ano 379 tinha chegado a Constantinopla como missionário, mas depois de um trabalho frutífero, em 24 de Novembro de 380, o imperador Teodósio lhe entregou o episcopado da cidade, mas o bispo de Alexandria e os egípcios, levados por ciúmes de supremacia de Constantinopla sobre a Alexandria, fizeram- oposição a Gregório, quem em um inesperado gesto de nobreza cristã, retirou-se do concílio e da sede constantinopolitana. Então, tanto na sede episcopal de Constantinopla como na presidência do concílio, Gregório foi sucedido por Nectário, um senador que quanto à maturidade ainda era um catecúmeno.

Alguns pontos conciliares canonizados
Desejando Teodósio ter um patriarcado perto de sua corte, os bispos reunidos neste concílio, dividiram a cristandade confirmando cinco patriarcados (que na prática era considerado um grau superior da hierarquia eclesiástica até por cima dos bispos): Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquía e Jerusalém; mas lhes advertindo que se circunscrevessem a suas respectivas sedes e que se guardassem de misturar-se nos assuntos de outras províncias eclesiásticas, pois se tratava de primazias de honra e não de autoridade. Desta maneira concedem um primado de honra ao patriarca de Constantinopla depois do de Roma, já considerada a "Nova Roma", e isto, em vez de resolver certos problemas de rivalidades entre bispos, agravou-os, pois estes cânones jamais foram admitidos por Roma.
Por muita força que tivesse gozado em todo o Império o arianismo ao redor do ano 355, devido ao favor oficial, isto não impediu que trinta anos depois, na época do primeiro concílio de Constantinopla, essa heresia já se encontrava quase completamente rasgada, pois terá que se ter em conta que não se pode impunemente negar bem seja a humanidade ou a divindade de Jesus Cristo, e que a fé cristã não pode impor-se nem destruir-se mediante decretos do Estado, nem a Igreja do Senhor sobrevive porque seja amparada por Pessoas jurídicas. A vida da Igreja é o próprio Senhor, quem está por cima dos julgamentos dos homens, e as portas do Hades não podem prevalecer contra ela.
Este concílio, no Canon I, confirmou a fé da Nicéia e amaldiçoou aos que não a aceitassem, condenando especificamente ao arianismo, ao semi-arianismo, aos eunomianos ou amoneos, aos sabelianos, aos marcelianos, aos totinianos, ao macedonianismo, e ao apolinarismo. Todas estas escolas de engano se relacionam em uma ou outra forma com a cristología. Não esqueçamos que o arianismo foi uma reação filosófica em contra do Evangelho do Filho de Deus.
Eunomio ( 395), bispo do Cícico, de raízes aristotélicas e neoplatônicas, foi o inspirador de um certo arianismo, com cuja doutrina afirmava que a única coisa que sabemos de Deus é que é o Ser não gerado, sem que entrasse o Senhor Jesus na revelação divina.
O macedonianismo é um semi-arianismo que vem do Macedônio, quem com a ajuda ariana foi eleito bispo de Constantinopla em 341. Macedônio negava a divindade de Cristo e do Espírito Santo, pois dizia que se o Filho for uma criatura do Pai, pela qual foram feitas todas as coisas, desprende-se então que o Espírito Santo é uma criação do Filho. O macedonianismo foi combatido por Atanásio, Gregório da Nissa e Hilário de Poitiers e açoitado pelo imperador Teodósio.
O que era o apolinarismo? Provém de Apolinário, bispo de Laodicéia pelo ano de 360 D.C. Nascido por volta de ano 310, tinha sido amigo de Atanásio de Alexandria e por conseguinte opositor de Ário e defensor do Credo da Nicéia, tomando como ponto de partida o fato de que Cristo é Deus e homem, mas negava a perfeita humanidade de Cristo. Mesclando seus conhecimentos filosóficos com os bíblicos, Apolinário se foi ao outro extremo de Ário, pois este negava a perfeita deidade de Cristo, e Apolinário a perfeita humanidade do Redentor. No que consistia seu enfoque cristológico? Apoiando-se em textos tais como João 1:14,*(1) Romanos 8:3 *(2) e 1 Tessalonicenses 5:23,*(3) admitia a tricotomía humana (espírito, alma e corpo), mas que a humanidade de Cristo só possuía o corpo e princípio de vida, quer dizer, a alma, pois o Logos divino tinha tomado o lugar do espírito, de maneira que negava que Cristo tivesse espírito humano, e em conseqüência Sua humanidade era imperfeita.
*(1) "E aquele Verbo foi feito carne, e habitou entre nós (e vimos sua glória, glória como do unigênito do Pai), cheio de graça e de verdade" (João 1:14).
* (2) "Porque o que era impossível para a lei, por quanto era fraco pela carne, Deus, enviando a seu Filho em semelhança de carne de pecado e a causa do pecado, condenou ao pecado na carne" (Ro. 8:3).
*(3) "E o mesmo Deus de paz lhes santifique por completo; e todo seu ser, espírito, alma e corpo, seja guardado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses 5:23).
Os Capadócios (Gregório Nazianzeno, Gregório da Nissa e Basílio o Grande) responderam e refutaram a Apolinário, declarando que se Cristo não for verdadeiro homem, como se explicariam as limitações que demonstrou durante sua vida nesta terra e a luta entre a vontade humana e a divina (Lucas 22:42)? Além disso, uma humanidade imperfeita não afetaria Sua capacidade para salvar, pois o pecado afeta ao homem nas três partes que o compõem?

O concílio da Nicéia, por causa do arianismo, centrou-se em defender a divindade de Jesus Cristo, mas não se ocupou de precisar questões cristológicas como a relação entre a natureza divina e a humana do Salvador, nem trinitárias como a divindade do Espírito Santo, assuntos que foram surgindo e que entraram no temário dos próximos concílios, sobre tudo o da Calcedônia em matéria cristológica. A seguir transcrevemos o credo aprovado no primeiro concílio de Constantinopla, que por ser uma ampliação do da Nicéia, lhe chama Credo Niceno-Constantinopolitano, o qual confessa a plena divindade do Espírito Santo:
" Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis ou invisíveis. E em um só Senhor Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, nascido não feito, consubstancial com o Pai, por quem foram feitas todas as coisas; que por nós os homens e por nossa salvação desceu dos céus e se encarnou por obra do Espírito Santo na Maria Virgem, e se fez homem, e foi crucificado por nós sob Pôncio Pilatos e padeceu e foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia segundo as Escrituras, e subiu aos céus, e está sentado à mão direita do Pai, e outra vez tem que vir com glória a julgar aos vivos e aos mortos; e seu reino não terá fim. E no Espírito Santo, Senhor e lhe vivificante, que procede do Pai, que junto com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, que falou pelos profetas. Em uma só Santa Igreja Católica e Apostólica. Esperamos a ressurreição da carne e a vida do século futuro. Amém".
O imperador Teodósio converteu os cânones deste concilio em lei do estado imperial. Tendo em conta que Roma não aceitou as decisões deste concílio, o mesmo marca o começo das rivalidades entre os blocos da cristandade do Oriente e Ocidente, que perduram até hoje. Este concílio representa um terminante desmentido às pretendidas teorias da legitimidade do papado romano. Em todo o desenvolvimento, deliberações e acordos deste concílio, nem sequer se faz uma alusão ao bispo de Roma, pois o papado não tinha sido inventado ainda.

Algumas considerações cristológicas
Como vimos, nos primeiros séculos da vida da Igreja, o Espírito Santo estava se movendo a fim de que ficasse estabelecida toda a clareza sobre Deus, sobre a Trindade Divina e sobre o Jesus Cristo. Notem as causas fundamentais que motivaram a convocação dos dois primeiros grandes concílios ecumênicos. O arianismo tinha irrompido em torno das tergiversações cristológicas do momento, embora o Senhor por Sua Palavra já tinha falado a respeito. O que diz a Palavra de Deus respeito de Jesus Cristo? Vejamos algumas das muitas entrevistas onde Deus afirma, entre outras coisas, que Seu Filho é Deus desde toda a eternidade, que o Filho é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que todas as coisas foram feitas por Ele, que o Filho morreu na cruz e não o Pai.
"1 No princípio era o Verbo, e o Verbo era com Deus, e o Verbo era Deus. Este era no princípio com Deus. 3Todas as coisas por ele foram feitas, e sem ele nada do que foi feito, foi feito" (João 1:1-3).

"2Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne, é de Deus; 3 e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo não veio em carne, não é de Deus; e este é o espírito do anticristo" (1 João 4:2-3).
"Porque um menino nos é nascido, filho nos é dado, e o principado sobre seu ombro; e se chamará seu nome Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai eterno, Príncipe de paz" (Isaías 9:6).
"Então Jesus lhes disse: Minha alma (humana) está muito triste, até a morte; fique aqui, e velem comigo" (Mt. 26:38).
"Então Jesus, clamando a grande voz, disse: Pai, em suas mãos encomendo meu espírito (humano). E havendo dito isto, expirou" (Lucas 23:46)

"Agora, pois, Pai, me glorifique você para contigo, com aquela glória que tive contigo antes que o mundo fosse" (João 17:5).
"15 Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação. 16Porque nele foram criadas todas as coisas, as que há nos céus e as que há na terra, visíveis e invisíveis; sejam tronos, sejam domínios, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por meio dele e para ele. 17 E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas nele subsistem" (Colossenses. 1:15-17).
De acordo ao contexto da citação anterior, todas as coisas foram feitas por meio de Cristo; uma criatura não pode ser o criador das coisas. Quando diz que Ele é o primogênito de toda criação, não implica que Jesus Cristo fora uma criação, mas sim a Palavra de Deus o diz no sentido de gozar de uma posição única em relação com a criação.
"3 O qual (Cristo), sendo o resplendor de sua glória, e a imagem exata de sua substância, e quem sustenta todas as coisas com a palavra de seu poder, tendo efetuado a purificação de nossos pecados por meio de si mesmo, sentou-se à mão direita da Majestade nas alturas, 4 feito tanto superior aos anjos, quanto herdou mais excelente nome que eles. 5Porque a qual dos anjos disse Deus jamais: Meu Filho é você, eu te gerei hoje, e outra vez: Eu serei a ele Pai e ele será para mim filho? 6 e outra vez, quando introduz ao Primogênito no mundo, diz: lhe adorem todos os anjos de Deus" (Hb. 1:3-6).
Cristo foi gerado (desde toda a eternidade) pelo Pai, não criado. O Filho é gerado ao contemplar o Pai a imagem de Si mesmo; e o amor que une ao Pai e ao Filho é o Espírito Santo. A Bíblia fala de três Pessoas em essência (a Trindade essencial) (a imagem própria de Sua substância), as quais embora tudo o fazem em comunhão, cada uma tem sua atividade específica nos propósitos de Deus (a Trindade econômica).
"Mas sabemos que o Filho de Deus veio, e nos deu entendimento para conhecer que é verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus, e a vida eterna" (1 João 5:20).

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